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Mostrando postagens de junho, 2013

O blog, o povo na rua e o cotidiano

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                                                         Ari Monteiro Pode parecer para alguns que esse blog foi abandonado, ledo engano para a tristeza dos nossos leitores e amigos. Aqui estamos de volta e para falar sobre fenômeno (lembremos que para a filosofia o fenômeno é o que se apresenta). O momento presente de nosso país exige reflexões que vai  desde a simples ideia de que o povo na rua é mais um "desses baderneiros de esquerda" (quantas vezes não ouvimos isso no início do anos 80, não é amigo Marcelo),  até  complexas análises sociais feitas por intelectuais, cientistas, filósofos e outras tantos "especialistas" em povo. Os de ideias simplórias, que não necessitam de longas reflexões para serem entendidas e não abrem caminho para grande debate, encontramos pessoas como este que escreve essas linhas, filho de um...

Do pálido criminoso

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“Vós não quereis matar, juízes e sacrificadores, enquanto a besta não inclinar a cabeça? Vede: o pálido criminoso inclinou a cabeça; em seus olhos se expressa o grande desespero. ´ Meu Eu é o que deve ser superado; meu Eu me inspira o profundo desprezo do homem´  - eis o que diz esse olhar. Seu mais alto momento foi aquele em que julgou a si mesmo. Não deixeis descer dessa cima para cair em sua baixeza! Para quem tanto sofre por si, não há mais salvação que a morte rápida. Vosso homicídio, ó juízes, deve ser compaixão e não vingança. E ao matar, cuidai de justificar a sua própria vida! Não vos basta reconciliar-vos com o que matais. Que vossa tristeza seja o amor ao Além-Homem; assim justificais vossa super-vivência! Dizei ´ inimigo ´ e não ´ malvado ´; dizei ´ enfermo ´ e não ´ infame ´; dizei ´ insensato ´ e não ´ pecador ´. E tu, juiz vermelho, se dissesses em voz alta o que fizeste em pensamento, todo o mundo gritaria: ´ Fora com essa i...

Das alegrias e das paixões

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Irmão, quando tens virtude, e essa virtude é tua, não a tens em comum com ninguém. Na verdade, tu queres chamá-la por seu nome, e acariciá-la; queres puxá-la pela orelha, e divertir-te com ela. Vês! Tu agora dás-lhe um nome que é comum a ti e ao teu povo, e te fizeste povo e rebanho em tuas relações com tua virtude. Farias melhor em dizer: “inexpressável e sem nome é o que constitui o tormento e a doçura de minha alma, e o que é também a fome de minhas entranhas”. Que tua virtude seja demasiado alta para a familiaridade das denominações; e se necessitas falar dela, não te envergonhes de balbuciar. Fala e balbucia assim: “Este é o meu bem, o que amo: assim é como me agrada plenamente; é só assim como eu quero o bem. Não o quero como mandamento de um deus, nem como uma lei e uma necessidade humana; não há de ser para mim um guia para regiões transcendentes nem para paraísos. O que amo é minha virtude terrena, que pouco tem a ver com a sabedoria e men...