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Mostrando postagens de agosto, 2011

Morte de Deus e fim da metafísica: a luta contra os absolutos

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Pretensão metafísica de absolutos como verdade e razão deve ser deixada de lado, tendo o exercício da caridade como solo comum, aponta Gianni Vattimo. Se Deus está morto e a metafísica perdeu sua efetividade, somos livres para praticarmos a caridade Criador da filosofia do “pensamento fraco”, Vattimo escreveu inúmeras obras, das quais destacamos  Acreditar em acreditar  (Lisboa: Relógio D’Água, 1998);  Depois da cristandade. Por um cristianismo não religioso  (São Paulo: Record, 2004) e  O fim da modernidade: niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna  (São Paulo: Martins Fontes, 1996).  Vattimo  também é deputado no Parlamento Europeu. Confira a entrevista. IHU On-Line - Como podemos compreender a “morte de Deus” e o niilismo e relativismo que vêm em seu corolário, em contraposição à crescente procura pela transcendência e pelo sagrado na pós-modernidade? Gianni Vattimo -  A nova sensibilidade pelo transcendente, a necessidade difusa de um retorno à religião me parecem se

Metafísica ou pós-metafísica? A propósito do diálogo entre razão secular e razão religiosa

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No artigo a seguir, o filósofo italiano  Vittorio Possenti  comenta o artigo do filósofo alemão  Jürgen Habermas  na  Neue Zürcher Zeitung  de 10-02-2007.  Possenti  é professor de Filosofia junto à Universidade de Veneza, onde dirige o Centro Interdepartamental de Pesquisa sobre os Direitos Humanos (CIRDU). Anteriormente ensinou História da Filosofia moral. Os seus estudos são endereçados à política, à metafísica e à ética. Também o cardeal italiano Camillo Ruini reage a este artigo de Habermas. Vittorio Possenti  autor de cerca de vinte livros, alguns dos quais traduzidos em várias línguas. Coordena  Seconda navigazione. Annuario di filosofia  (Mondadori, Milão), é redator das revistas  Per la filosofia ,  La società ,  Sensus Communis ; colabora com alguns jornais. É membro do Comitê Nacional de Bioética e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. O diálogo entre o pensamento secular e o pensamento religioso se mantém, no Ocidente, como encruzilhada permanente, conju

ENTREVISTA LUC FERRY

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"No Ocidente, não se aceita mais morrer por um deus, uma pátria ou uma revolução. Mas não conheço pai que não arriscaria a vida pela O francês Luc Ferry, de 57 anos, é um caso raro de filósofo que transforma seus livros em best-sellers. Sua obra   Aprender a Viver, lançada em 2006,   vendeu 700 000 exemplares, 40 000 deles no Brasil. Seu segredo é combinar formação acadêmica sólida com um texto leve e bem-humorado. Ferry se alinha com o chamado humanismo secular. Essa corrente da filosofia propõe o uso da razão crítica em vez da fé na busca de respostas para os assuntos que mais intrigam a humanidade, como o amor, a morte e a procura da felicidade. Ferry também atua na política. Como ministro da Educação da França de 2002 a 2004, foi o mentor da polêmica lei que baniu o uso de véu pelas estudantes muçulmanas nas escolas públicas francesas. Atualmente, ele não ocupa cargo oficial, mas sabe-se que o presidente francês Nicolas Sarkozy costuma ouvir suas opi

AS COISAS INVISÍVEIS

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Vitor Lacerda Licenciando Filosofia   “ Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.” (William Shakespeare”). Eu quero falar das coisas invisíveis que nos rodeiam,coisas que parecem que não existem. Entretanto, “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que possa vossa vã filosofia imaginar”. Sim, existe o ar que nos rodeia e a morte que nos ronda...Há coisas que parecem ser exatas e nos indicam o caminho, mas são as invisíveis que tomam as rédeas da nossa vida. A dominação é uma delas o constrangimento é outra. Essas forças que nos movem a ciência “desimporta” por não conseguir a dominação de um significado que possa de fato ter uma exata apreensão, mas o exato nessa dimensão é esquecido. O exato esquecido são as palavras, que   sempre se esquecem de significar uma parte, pois o insignificativo   impera no silêncio, prevalecendo por ser e dar sentido.                Estamos entregues ao mundo da invisibilidade, ao significado escondido das co

A filosofia, a academia e o blog

Ari Monteiro Licenciando Filosofia Muitos do amigos que acessam nosso blog devem estar  com a certeza que este foi abandonado, sinto decepcioná-los, mas estão equivocados. O motivo da falta de novas postagens deve-se ao fato que infelizmente ainda não consegui convencer novos intelectos para auxiliar nessa tarefa - ainda não descobri onde meus argumentos estão falhando, e ai afirmar, não sou um bom aprendiz de filosofo ou um sofista fajuto-. Mas enfim cá estamos. É comum nas universidades, as Aulas Magnas, e temos exemplos como a inauguração da cadeira de semiologia literária do Collège de France em janeiro de 1977 na qual Roland Barthes produziu o texto “A Aula ”, Pierre de Bourdieu em 1982 proferiu  “Leçon sur la leçon” e no mesmo local em  1970, Michel Foucault fez sua Aula magna onde nos brindou com “A ordem do discurso” ,  que entrou para o mundo dos textos filosóficos obrigatórios. ( coloco neste post o link para o texto ),e assim com esses exemplos clássicos, temos inúmeros,