Bandeira Paulista
NOSSA BANDEIRA Gilherme de Almeida (1890 -1969 ) Bandeira da minha terra, Bandeira das treze listas: São treze lanças de guerra Cercando o chão dos paulistas! Prece alternada, responso Entre a cor branca e a cor preta: Velas de Martim Afonso, Sotaina do Padre Anchieta! Bandeira de Bandeirantes, Branca e rota de tal sorte, Que entre os rasgões tremulantes, Mostrou as sombras da morte. Riscos negros sobre a prata: São como o rastro sombrio, Que na água deixara a chata Das Monções subido o rio. Página branca-pautada Por Deus numa hora suprema, Para que, um dia, uma espada Sobre ela escrevesse um poema: Poema do nosso orgulho (Eu vibro quando me lembro) Que vai de nove de julho A vinte e oito de setembro! Mapa da pátria guerreira Traçado pela vitória: Cada lista é uma trincheira; Cada trincheira é uma glória! Tiras retas, firmes: quando O inimigo surge à frente, São barras de aço guardando