UMA LEITURA

DESCARTES - a metafísica da modenidade - Editora moderna

Franklin Leopoldo e Silva  nessa obra, nos ensina a ver o pai da modenidade com clareza.


O Ensino de Filosofia no Limiar da Contemporaneidade
O que faz o Filósofo quando seu ofício é ser Professor de Filosofia?

Rodrigo Pelloso Gelamo com competência impar caminha pelos dilemas
 do Professor-Filósofo ou Filósofo-Professor.
Obra disponivel no link:
RODRIGO GELAMO


Filosofia Clandestina - Cinco tratados franceses do século XVIII

Seleção,apresentação e tradução de Regina Schöpke e Mauro Baladi
Os escritos "marginais" na França de Diderot e Voltaire, um livro essencial para quem gosta de Filosofia.


As Mascaras do Cogito - A interpretação da realidade humana pela ontologia fenomenológica de Jean-Paul Sartre
Neide Coelho Boëchat nos leva ao mundo do Ser e o Nada sartreano, e nessa viagem nos resgata o Cogito, aprofundando e ao mesmo tempo dando luz à obra essencial de Sartre.


Extravagâncias -  ensaios sobre a filosofia de Nietzsche

A filosofia de Nietzsche ficará mais acessível depois da leitura desse livro de Scarlett Marton.


Educando para a argumentação - Contribuições do ensino da lógica

Patricia Del Nero Velasco com essa obra magnífica ,espanta de uma vez por todas o "fantasma" da LÓGICA de nossos estudos filosóficos. Com simplicidade e principalmente "profundidade",  Patricia cumpre tarefa que ja me parecia impossivel, a saber, gostar da lógica. Obrigado Patricia.

 Jorge Luís (sempre ) Borges

Arte Poética

Tradução de Rolando Roque da Silva

Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.

E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.

E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.

E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.

Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.

Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.

Comentários

  1. Acessibilidade em filosofia é pleonasmo em sua forma mais pura. Mil vidas não me bastariam para conhecer uma unha do pé do filósofo de nome esquisito.

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