ÉTICA PARA TODOS

A Duetto Editorial lança uma nova coleção, com a qualidade habitual de seus produtos de divulgação científica e o compromisso de levar conhecimento para o maior público possível. Está chegando às bancas Ética, em quatro edições, nas quais estudiosos do tema tratam de Política e Mídia, Afetos e Consumo, Trabalho e Educação, e Direito e Cidadania. São temas presentes – e urgentes – no cotidiano das empresas, do Estado e suas representações, das relações sociais e das famílias.


Nunca se falou tanto sobre “ética”, palavra que de tão usada se tornou ao mesmo tempo uma bandeira da sociedade, perplexa com um mundo em rápida e desordenada transformação, e um bordão de políticos, empresários, intelectuais, religiosos, jornalistas e cidadãos anônimos das mais diversas formações. De fato, essa palavra tão dita e tão pouco compreendida rege nossas relações de trabalho, nossas parcerias amorosas e fraternais, nossas escolhas eleitorais, nosso lugar no mundo.


O que é ética? Por que a reivindicamos como remédio para todos os males contemporâneos?


“Viver é escolher. É valorar. É medir e optar. Não há como fugir dessa lógica. Em outras palavras, não há como viver sem ética”, explica o organizador da coleção, Clóvis de Barros Filho, professor livre-docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). “Ela é o conjunto de valores e perspectivas que utilizamos para dar conta dos problemas existenciais.”


Para Barros Filho, trata-se de esmiuçar não só o grande debate secular e acadêmico, mas compreender como a ética pessoal e a coletiva afetam nosso pensamento e visão de mundo, e também a convivência concreta entre as pessoas, a visão que temos de nós mesmos, a nossa medida da felicidade – sempre dependente do outro, apesar dos tantos manuais contemporâneos a pregar “uma boa vida” a partir do indivíduo.


Junto com ele, outros profissionais – filósofos, jornalistas, psicanalistas, educadores, advogados e professores, todos estudiosos de ética – se debruçam sobre os temas mais inquietantes desses tempos. Trata-se, portanto, de um trabalho destinado a formar pessoas e profissionais conscientes de seu papel e da sua forma de interagir com o mundo, de forma acessível e esclarecedora. De um modesto auxiliar a um profissional liberal ou uma autoridade, todos estão obrigados, por imposição da sociedade – e mesmo do mercado de trabalho – a se aprofundar no assunto.


Como explica Barros Filho, não é admissível que alguém diga “Fiz medicina e de ética não entendo nada, a gente não estuda essas coisas na faculdade”. Ou ainda: “Sou deputado e ética não é o meu forte. Pergunte ao meu colega que estudou Direito. O pensamento sobre a melhor forma de conviver, que atravessa gerações, acaba se organizando em saberes. Temos de encontrar a melhor vida possível.”


O primeiro volume, Política e Mídia, chega às bancas e revistarias de todo o país em setembro. Abrange as ações do Estado e dos meios de comunicação e trata de assuntos como corrupção, representatividade, fidelidade, alienação e vontade popular. Uma parte da revista se ocupa da imprensa, em um momento em que os meios de comunicação se democratizam, por meio da internet, enquanto os veículos tradicionais passam a ser cobrados em aspectos como isenção e compromisso com a verdade.

A partir de então, as edições serão semanais, sempre com temas de que tocam diretamente as vidas de todos e que estão presentes nos debates mais atuais de interesse da sociedade.

Coleção Ética

Volume 1: Política e Mídia
Volume 2: Afetos e Consumo
Volume 3: Trabalho e Educação
Volume 4: Direito e Cidadania