Do pálido criminoso
“Vós não quereis matar, juízes e sacrificadores, enquanto a besta não inclinar a cabeça? Vede: o pálido criminoso inclinou a cabeça; em seus olhos se expressa o grande desespero. ´ Meu Eu é o que deve ser superado; meu Eu me inspira o profundo desprezo do homem´ - eis o que diz esse olhar. Seu mais alto momento foi aquele em que julgou a si mesmo. Não deixeis descer dessa cima para cair em sua baixeza! Para quem tanto sofre por si, não há mais salvação que a morte rápida. Vosso homicídio, ó juízes, deve ser compaixão e não vingança. E ao matar, cuidai de justificar a sua própria vida! Não vos basta reconciliar-vos com o que matais. Que vossa tristeza seja o amor ao Além-Homem; assim justificais vossa super-vivência! Dizei ´ inimigo ´ e não ´ malvado ´; dizei ´ enfermo ´ e não ´ infame ´; dizei ´ insensato ´ e não ´ pecador ´. E tu, juiz vermelho, se dissesses em voz alta o que fizeste em pensamento, todo o mundo gritaria: ´ Fora com essa imund
O pensador iluminista (que o próprio se considera) S.P. Rouanet nos coloca de frente com uma reflexão impar sobre o filósofo dinamarquês e um dos principais expoentes da Escola de Frankfurt.
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