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Mostrando postagens de maio, 2013

Niilismo, Política, História

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Rossano Pecoraro - UFPI/CAPES-PNPD * Resumo: O objetivo deste ensaio é examinar o conceito de niilismo não nos seus aspectos teorético conceituais, mais no seu impacto no que podemos definir como “filosofia prática”, in primis história e política. Entre os movimentos e autores abordados estão o niilismo russo, Carl Schmitt, Walter Benjamin, Alexandre Kojève, Arnold Gehlen, Gianni Vattimo. Palavras-Chave: Niilismo, Filosofia da História, Filosofia Política, Modernidade. Desde o fim do século XVIII o niilismo – isto é, a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”; a crise epocal em que os valores tradicionais se depreciam e os princípios e critérios absolutos se dissolvem – insinuou-se na História não apenas em sua feição teorética e filosófica, como em seu mostrar-se no plano social e político. Para examiná-lo esses fenômeno um significativo ponto de partida são a cultura francesa, alemã e russa do Ottocento. É das

Dos que desprezam o corpo *

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Aos  que desprezam o corpo quero dizer-lhes a minha opinião. Não devem mudar de preceito, nem de doutrina, mas, simplesmente, desfazerem-se do corpo, o que lhes tornará mudos. “Eu sou corpo e alma” – assim fala a criança. – Por que se há de falar como as crianças? Mas o homem desperto, o sábio, diz: “Todo eu sou corpo, e nada mais;  a alma não é mais que um nome para chamar algo do corpo”. O corpo é uma grande razão, uma multiplicidade com um só sentido, uma guerra e uma paz, um rebanho e um pastor. Instrumento de teu corpo é também sua pequena  razão, irmão, a que chamas “espírito” : um pequeno instrumento, e brinquedo de tua grande razão. “Eu” dizes tu, e te orgulhas desta palavra. Mas o maior – e é o que tu não queres crer – é o teu corpo e a sua grande razão. Ele não diz “Eu”, mas procede como Eu. O que sentem os sentidos, o que o espírito conhece, nunca tem em si o seu fim. Mas os sentidos e o espírito quereriam convencer-te de que eles são o fi

Dos Trasmundanos

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Outrora, também Zaratustra lançou sua ilusão para além do homem, como todos os trasmundanos. A obra de um deus sofredor e atormentado me parecia então o mundo. Sonho me aparecia então o mundo, e ficção de um deus; colorida fumaça ante os olhos de um divino insatisfeito.Bem e mal e prazer e dor e tu e eu – eram, para mim, colorida fumaça ante olhos criadores. O criador quis desviar o olhar de si mesmo – então criou o mundo. É ébrio prazer, para o sofredor desviar o olhar do seu sofrer e perder a si próprio.Ébrio prazer e perda de si próprio me parecia o mundo outrora. Este mundo, o eternamente imperfeito, imagem de uma eterna contradição, e imagem imperfeita – um ébrio prazer para seu imperfeito criador: - assim me parecia outrora o mundo. Assim, também eu lancei, outrora, minha ilusão para além do homem, como todos os trasmundanos. Para além dos homens, de verdade? Oh, irmãos, esse deus que eu criei era obra e loucura de homens, como todos os deuses!

Cântico Negro - José Régio por M.B.

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VIII Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da UNESP

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VIII Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da UNESP ::: Apresentação VIII Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da UNESP ::: VIII Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da UNESP 13 a 17 de maio de 2013 PROGRAMAÇÃO DO EVENTO 13 de maio 14h - 18h:  Sessão de Comunicações I 19h:  ABERTURA Prof. Dr. Reinaldo Sampaio Pereira (Coordenador do Evento e do Conselho de Curso de Filosofia – Unesp/Marília) Prof. Dr. José Carlos Miguel (Direção FFC/UNESP) 19h45 - 22h30:  Conferência Filosofia da Música: “ Perspectivas sobre processos de significação musical ” Expositor: Prof. Dr. Luis Felipe de Oliveira (UFMS) Debatedor: Prof. Dr. Márcio Benchimol Barros (UNESP/Marília) 14 de maio 8h30 - 12h:  Sessão de Comunicações II 14h - 18h:  Minicurso “ Dialética, retórica e lógica: diferentes modalidades de práticas discursivas” Expositor: Prof. Dr. Bento Prado de Almeida Ferraz Neto (UFSCar) 19h30 - 22h30:  Debate “ Probl

ÉTICA – Uma palavra na boca

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 ÉTICA – Uma palavra na boca Ari Monteiro Durante toda experiência acadêmica de filosofia, a ética é com certeza a parte mais enfatizada, visto que desde os gregos ela é um dos três ramos do saber racional.  Aristóteles colocou a Ética, a Estética e a Metafísica como  fundamentos da filosofia, pois delas todo esquema de viver e saber poderiam ser derivadas e daí criar métodos do Bem Viver (ou viver bem). Platão criou o Bom, o Belo e o verdadeiro, onde esse “bom” corresponde à ética, dando asas para  as virtudes e o mundo”moral”. Logo, podemos afirmar que desde o século IV a.c., muito se criou (e destruiu), pensou e desenvolveu em nome do “ser ético”. Muitos pensadores, - com certeza perderemos a conta se fossemos contar - deram seu tempo e vida para a ética, mas dentre eles são imprescindíveis: Platão e Aristóteles, na filosofia clássica, Espinosa e Kant, respectivamente, na filosofia moderna  e em nossos dias (chamamos de contemporâneos?) Nietzsche no final